25 de outubro de 2010

- simples como só

Sentei pra escrever um texto que te ofendesse e não saiu nada. É porque só ofendo quem me importa. Não escrever mais pra você. Eis a ofensa.

10 de agosto de 2010

- ame, ame, sempre ame.

Ame a lembrança que se tem da infância, aqueles machucados e a primeira vez em que andou de bicicleta. Ame um sorriso seu, mas ame mais um sorriso pra você. Ame a primeira flor e bombons que você ganhar. Ame aquela ligação de madrugada para dizer "dorme bem" da pessoa que você pensou o dia inteiro e que quis que sua voz fosse a última que ela ouvisse naquele dia. Ame sua primeira vez e seu primeiro beijo, por mais engraçado que tenha sido. Ame comer sem se preocupar com as calorias. Ame as borboletas que voam dentro da gente quando estamos felizes. Ame fingir que não gosta de homens românticos, quando na verdade espera o dia em que vai receber flores. Ame e ame demais seu pai e sua mãe em todo o momento. Ame ouvir música alto e cantar junto. Ame ficar horas no telefone e nem ver o tempo passar. Ame beijar aquele homem que te faz esquecer de todos os outros. Ame bagunça, doces e cachorros. Ame sua sorte, seu cabelo, suas curvas, seu sorriso, seu jeito timido e seu lado sensual, seu perfume. Ame o sol e a chuva. Ame seus medos, ame o que passou, o que está acontecendo e o que está por vir. E depois de um tempo que você amar, se amar, comece tudo de novo mas dessa vez faça diferente: ensine alguém a amar você!

5 de agosto de 2010

- caminho

Se você não sabe aonde quer ir, qualquer lugar serve. Mas caso contrário, não adianta apenas saber onde se quer chegar. É preciso buscar, ir atrás, enfrentar o que for preciso. Com isso, cedo ou tarde, você descobrirá a diferença entre saber o caminho e percorrer o caminho.

22 de julho de 2010

- eu sonhei...

Era sexta feira a noite quando o noticiário anunciou que a previsão para o final de semana eram fortes tempestades. Sentada no sofá, com um cobertor e uma caneca de café nas mãos, apenas ouvia os sons da TV, que para mim pareciam tão distantes, quando na verdade o que estava longe eram meus pensamentos. Já era a quinta vez que eu pegava meu celular nos últimos dois minutos. Ilusão, nenhuma chamada. A chuva lá fora estava forte demais para que eu pensasse em sair de casa. Levantei do sofá e fui até o computador. Abri uma página em branco e tentei transcrever algumas palavras que pudesse aliviar toda aquela minha angústia. Ilusão, escrever já não era suficiente. Pouco mais de vinte e quatro horas depois de tudo que aconteceu e o buraco em peito já parecia me consumir de uma forma que nunca havia acontecido. Olhei para o relógio, já passavam das oito da noite. E a chuva continuava. Mas aquela situação estava me matando, não aguentava mais aquele sentimento de culpa e perda, que me arrancava aos poucos a sanidade. Eu sei que não conseguiria dormir, minha cabeça não pensava em outra coisa. Peguei mais um pouco de café para tentar me acalmar. Nada adiantava. Logo eu que sempre fui tão certa de que a unica forma de resolver isso tudo seria tomar uma atitude. Covarde. Era isso que me definia naquela sexta feira. Covarde que se deixou tomar por um orgulho estúpido o qual não me levaria a lugar algum. Mas é que nunca havia me acontecido isso antes. Nunca senti algo tão forte, ninguém nunca tinha quebrado minhas colunas, as quais sustentavam todas as minhas opiniões. Eram as MINHAS opiniões, ninguém tinha o direito de interroga-las. Não aceitava que alguém jogasse na minha cara todos os erros que eu cometi. Não aceitava e não queria que isso tudo acabasse vindo de uma pessoa como ele. Não! Ele não tem o direito. Mas em contrapartida ele tem razão. Ele me tirou a razão e a levou junto, no momento em que saiu por aquela porta. A razão que dizia que eu não vou amar ninguém enquanto me cercar de minhas ideologias, fugindo da realidade. A realidade que mostra o quanto eu perco tempo fazendo tudo isso e sendo assim. Eu não queria admitir. E eu estava desarmada. Toda a minha personalidade de mulher segura de si ia se perdendo aos poucos, quando eu começava a entender o porquê de tudo. Minha mente me confundia cada vez que pensava em tomar alguma atitude. Já se passavam das nove agora e eu continuava ali só pensando. Não adiantaria. Peguei minha bolsa, as chaves do carro e resolvi ir atrás dele. Desci as escadas do prédio convicta de que aquilo poderia ajudar. A chuva estava forte, acabei me molhando até chegar ao carro. Odiava chuva. Nada me irritava mais do que minha roupa toda molhada. Coloquei a chave na ignição e esperei. Aquilo era ridículo, eu pensava. Eu não preciso fazer isso. Mas ao mesmo tempo eu sentia que se não tomasse essa atitude, acabaria perdendo a unica coisa que realmente me importava agora. Liguei o carro e saí em rumo à casa dele. A chuva piorava e isso me deixava perturbada, o que fazia com que eu reduzisse a velocidade e pensasse várias vezes em voltar para casa e esquecer toda essa ideia. Não, não podia fazer isso. Já estava ali, há duas quadras de resolver tudo. Estacionei em frente a casa dele e fiquei estática durante um minuto. Um minuto o qual parecia ser uma eternidade. Um minuto de confusão, incertezas, orgulho e ansiedade. Olhei para a janela da sala e vi que a luz estava acesa. Ele estava ali. E isso se comprovou quando vi a cortina se abrindo. Game Over, ele me viu. A orgulhosa, estúpida e mulher decidida estava ali, se rendendo e deixando todas as suas opiniões pra trás. Naquele momento, senti meu coração acelerar. A porta se abriu e eu continuei sentada dentro do carro, travada, sem reação. Ele me conhecia muito bem ao ponto de saber que se esperasse mais um minuto naquela porta, eu iria embora. Sabia que eu já tinha lutado muito pra vencer o orgulho e estar ali naquele momento. Apesar da chuva forte, ele saiu caminhando em minha direção. Eu não entendo como, mas tomei coragem e desci do carro. Já era demais. Fiquei parada, na chuva, ao lado da porta, esperando que ele viesse resolver tudo, como uma criança mimada que esperava a outra devolver o doce. Ele me conhecia e sabia me provocar. Me analisou e deixou por um momento que eu ficasse ali, com uma cara meio emburrada aguardando a solução. Veio então em minha direção. Chegou perto de mim e esperou para ouvir o que eu tinha a dizer. Ali eu percebi o quão estúpida eu era, deixando a minha felicidade escapar entre os dedos. Minhas lágrimas se misturavam com a chuva forte que caia e nos encharcava. E as unicas, porém verdadeiras, palavras que conseguiram escapar de mim representavam o meu desejo mais profundo. " Nunca mais se atreva a sair da minha vida". Ele sorriu, de um jeito doce e compreensivo, segurou meu rosto e me beijou. No fundo eu sabia que tudo aquilo já estava escrito para que eu pudesse descobri a verdadeira essência de um sentimento, o qual, pela primeira vez na minha vida, tornava alguém essencial para mim. E que, com toda a certeza, vale muito mais do que qualquer conceito.
É, eu sonhei isso mesmo. Só não sei quem era o moço bonito dos meus sonhos haha

19 de julho de 2010

- verdade

O que me conforta é saber que eu sempre terei, independente da situação, a verdade ao meu lado. Por mais que ela demore, em algum momento ela vai aparecer. Pode-se criar as maiores e mais elaboradas mentiras. Um dia, a verdade vai acabar aparecendo. É exatamente por isso que eu não me importo com certas coisas. É por isso que não fico buscando respostas pra perguntas que a minha insegurança cria. E se eu resolvi agir assim é porque eu sei que, seja quando e onde for, a verdade sempre vai mostrar quem é quem.
Tenho dito!

3 de julho de 2010

- sobre a nação e seleção brasileira

Estou errada ou até semana passada todos estavam elogiando a seleção (inclusive a imprensa internacional) e felizes com o bom resultados dos últimos jogos? Até então, geral estava felizona, bebendinho e matando trampo, com o coração todo brasileiro. Então da semana passada pra cá, patriotismo is over.
Considerações gerais:
  • Primeiro: o Brasil não respeita os seus heróis. Antes, Ronaldo era o fenômeno, agora ele é o gordo. Pau no koo, mermão. O cara fez pelo futebol o que muito frufru europeu nunca sequer sonhou em fazer. Mas geral esquece que o cara virou lenda, que com 17 anos jogou sua primeira Copa do Mundo. Agora, ele é o gordo que pega traveco.O caso é que Ronaldo é uma pessoa pública e não teve cautela. E gosto dele. Exemplo de superação e tudo mais. O Dunga foi capitão de uma seleção tetracampeã, levantou o caneco. E agora, o que é?
  • Segundo: já comentei sobre Dunga. É óbvio que ele sabia o que estava fazendo. Ele não caiu ali por acaso, né? Só sei que ele não precisava ser arrogante como foi. E mais, já que é arrogante, que tivesse continuado a ser, na coletiva do último jogo. Mas, não, saiu miando. Eu tava empolgada achando que ele ia destruir a Rede Globo e tudo mais. Achei triste.
  • Terceiro: os jogadores do Brasil estavam todos estraçalhados. Desde o começo. Convocou Kaká e Luís Fabiano, os dois sem estar 100%. Os outros se quebraram por lá mesmo.
  • Quarto: Kaká é uma verdadeira moça. Concluí.
  • Quinto: Lúcio é o melhor jogador da seleção brasileira. Fato.
  • Sexto: tava jogando mal, sim. Mas tava ganhando e tava bom. Isso que importava. Rá!
  • Sétimo: 2014 a gente vê como vai. Queria Felipão de volta, adoro ele. Carisma é tudo na vida, mano.
  • Oitavo e último: orgulhozão de ser brasileira. Acho que deu o que tinha que dar. O que tinha pra dar. E fico feliz, assim. Julio Cesar, chorei com você! Lúcio, eu te amo! Dunga, volta pra Disney! Felipe Melo, artes marciais é outro esquema, mude de profissão!

20 de junho de 2010

- dedicado.

Se disserem que distância impede amizades verdadeiras acontecerem, não sei definir o que há entre nós. Meio clichê não? Mas apesar de estar longe, eu sempre pude sentir tua presença, em qualquer circunstância. Nas horas certas ou incertas, na alegria ou na dor. Eu sorri, eu chorei, eu amei, eu odiei, eu acertei, eu errei. E você sempre tava ali, me fazendo rir e me distraindo contando as tuas “filosofias”. Gosto quando você me mostra que tudo pode melhorar. Acho que você é um grande homem também, por me aguentar quando começo a desfiar minha cultura inútil, quando reclamo demais ou até mesmo quando começo a falar de amor (normal né?). E sei que não importa qual seja a situação eu tenho você, que me ajuda, que me alegra, que me escuta e que me fala o que eu tenho que ouvir. Eu sei que você vai mandar eu acertar um tapa na cara quando realmente achar que é isso que deve ser feito. E por você ser o que é, eu te admiro. Eu admiro a tua simplicidade e o teu jeito de encarar as coisas. E é por isso que eu me sinto tão a vontade do teu lado, pra contar minhas falhas, pra rir dos meus erros, pra dividir o que eu tenho de bom. Somos imprestáveis no mesmo nível também, não é? Pode ser que o tempo passe, as coisas mudem e a gente já não tenha horas livres durante o dia pra ficar jogando papo pro ar. Mas independente do que o futuro nos reserve, saiba que do meu passado você sempre será a saudade que eu vou gostar de ter. E uma coisa é certa: você pode substituir várias pessoas na tua vida, mas quem te conheceu, mesmo que seja por pouco tempo, JAMAIS encontrará alguém igual a ti, por que você não é diferente, você FAZ a diferença e eu posso assinar embaixo caso precise. Acima de qualquer coisa, a sintonia que há entre nós não se discute, não se justifica, não se define. A nossa amizade vai além do entendimento. E por isso tenho comigo a certeza que mesmo que a minha vida tenha mudado, o melhor aconteceu, te tive sempre do meu lado.

Não preciso nem dizer quem é, né?

15 de junho de 2010

- saco cheio de gente vazia

Ta vendo ali? O sujo dando lição de moral no mal lavado. Perceba que ele aponta o dedo na cara do outro e critica, mas não enxerga que faz igual ou até mesmo pior. E sempre foi assim. Sempre banalizou pessoas desse gênero, mas não se toca que é farinha do mesmo saco.
Qualidade é avaliada por quem tem, tenho dito

14 de junho de 2010

- sobre fins e (re)começos

Existem duas dores de amor: A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos ver luz no fim do túnel. A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar "desimportante" para o ser amado. Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também. Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se lembrança de uma época bonita que foi vivida. Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar. É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’ propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: “Eu amo, logo existo”. Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância . Mas, que precisa também sair de dentro da gente. E só então voltaremos a ser livres e poderemos amar, de novo.
"É tão curto o amor, tão longo o esquecimento"
(Pablo Neruda)
Escrevi esse texto há um tempo atrás, mas precisava postar, depois de uma conversa que tive na van hoje. Tudo é relativo.

12 de junho de 2010

- dia dos namorados

Que besteira é essa de ficar se martirizando por estar solteira no dia dos namorados? Qual é colega? Mulher que é inteligente e bem resolvida é alheia a pressão da sociedade. No caso das solteiras, se não encontrou alguém que preste, não vai namorar com qualquer um por mera convenção, simplesmente pra dizer aos outros que não passou sozinha. Até por que, acredito eu, que dia dos namorados é PURA faixada. Não estou tentando arranjar desculpas pro fato de estar solteira, mas hoje em dia essa data não tem mais o mesmo significado. Pensa comigo: o que tem mais valor pra ti? Trocar presentes no dia dos namorados ou em um belo dia a toa em casa receber um presente despretensioso de alguém que gosta de você? Eu, particularmente, fico com o segundo. Eu concordo, nesse ponto, com quem diz que dia dos namorados é puro marketing. A essência, na maioria das vezes, é bem podre. A verdade é que um namoro se comemora todo dia. Um namoro de verdade não espera o próximo dia 12 de junho pra trocar carinho, pra mostrar à outra pessoa o quanto ela é importante. O namoro com sentimento de verdade vai muito além das conveniências.